Informação - Entrevista e Debate
Judite de Sousa convida Ana Maria Caetano, a filha de Marcello Caetano, que se fosse vivo faria 100 anos no dia 17 de Agosto
27 de Setembro de 1968...Marcello Caetano substitui Oliveira Salazar. Alguns sectores acreditam que Caetano seja capaz de abrir politicamente o regime mas essas mudanças tardam e a guerra em África é cada vez mais contestada. O Estado Novo aproxima-se do fim. Com a doença e depois... a morte da mulher, Marcello Caetano tem na filha uma presença constante a seu lado...Jovem, solteira, Ana Maria Caetano acompanha o pai nas cerimónias de Estado e em muitas viagens ao estrangeiro e com ele vive até ao 25 de Abril e à partida para o exílio.Nos 100 anos do nascimento de Marcello Caetano, a filha... Ana Maria Caetano vem à Grande Entrevista para falar do pai, das memórias familiares e políticas num testeunho indispensável para compreender a história."
Pois é! Não sei explicar muito bem, nem sei se é uma atitude reaccionária mas... estou indignadíssima!!! É esta a minha primeira reacção, já constatei em casa reacções bem piores, as de quem viveu na época, a minha é a de quem,felizmente, nasceu em Democracia!
Vamos esperar para ver e ouvir com atenção, mas talvez se vá fazer mais uma vez o branqueamento da história!
Já todos estamos habituados no nosso Portugal a que depois da morte todos os Homens se tornam bons.
5 comentários:
Porquê, devia haver Censura e as filhas serem proibidas de falar dos pais, mesmo tendo sido responsáveis numa Ditadura?
Vale mais a Censura ou a Liberdade, mesmo se é para dar direitos a quem não gostamos?
Porque isto a Liberdade quando nasce ou é para todos ou não é com L. grande menina!
Não falei em censurar a entrevista,para mim a LIBERDADE é para todos sem excepção!
Falei apenas da indignação que tenho o direito de sentir, manifestando as minhas dúvidas acerca da minha própria reacção e também da entrevista!
O amante... tem razão.
Mas a verdade é que cada vez mais as vozes e as opiniões da direita e do neoliberalismo é que se fazem sentir intensamente na imprensa. E que essa compreensão com as "liberdades" dos outros não se faça sentir em toda a extensão. Percebo por isso bem a indignação da emanuelle. Bem no dia dos meus anos, lá vou ouvir/ver a entrevista dessa senhora.
Eu concordo com a emanuelle e com o Fernando. Também fico indigando não com a filha do senhor mas com a lavagem que se quer fazer do regime fascista. A liberdade não existe caro amante da lady chaterlley. O neo-liberalismo é tudo menos liberdade e agora precisa da guerra e da sociedade do medo para fazer valer os seus valores. Não é de estranhar que em época de crise e de aperto do cinto os bancos tenham lucros brutais. Quanto à referencia do fernando, eu gostava que todos usufruissem da comunicação social para manifestar a sua liberdade de opinião, o que não acontece.
Independentemente de tudo o resto a senhora é de um nível excepcional.
CR
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