sexta-feira, março 21, 2008

Dia Mundial da POESIA

O Palácio da Ventura
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Poe desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante.
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o aviso, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d´ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d´ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
Antero de Quental

Sem comentários: